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Pesquisa busca diagnóstico complementar seguro para o câncer de próstata

Por FABIO MARCIO. Em 07/03/13 07:23. Atualizada em 22/10/13 10:52.
Foco da pesquisa em Catalão refere-se ao uso dos marcadores moleculares no estudo do início e progressão do câncer de próstata

 

Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Genética Molecular e Biotecnologia do Campus Catalão (BIOGEM/CAC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em conjunto com o Laboratório de Nanotecnologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e o Laboratório BIOGENETICS Tecnologia Molecular Ltda (Goiânia e Uberlândia) trabalha no sentido de oferecer um diagnóstico complementar seguro para o câncer de próstata, doença que segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

A professora Adriana Freitas Neves, responsável pelo BIOGEM, explica que atualmente o exame conhecido como PSA (antígeno prostático específico) é o único marcador periférico utilizado no diagnóstico do câncer de próstata. O problema, segundo Adriana, é que o exame apresenta limitações, como baixa especificidade, ou seja, ele identifica o tumor, mas não é capaz de identificar a necessidade ou não de tratamento (benigno ou maligno).

De acordo com Adriana, pesquisas com outros marcadores estão em andamento por diversos pesquisadores e em fevereiro de 2012 a FDA (USA Food and Drug Administration) aprovou nos Estados Unidos o uso do marcador PCA3 na urina como método auxiliar no diagnóstico do câncer de próstata. Em um trabalho publicado em novembro de 2012, Adriana demonstrou o uso diagnóstico complementar da doença pelo marcador molecular PCA3 em amostras de sangue periférico, com alta especificidade.

O foco de pesquisas em Catalão refere-se ao uso dos marcadores moleculares no estudo do início e progressão do câncer de próstata. Para isso, se pesquisa genes e sequências específicas, utilizando técnicas de biologia molecular e estudos de expressão gênica, além do uso de tecnologias de aptâmeros, que é um tipo de ácido nucleico capaz de se ligar facilmente a uma molécula-alvo. Outra técnica são os RNAs de interferência (usado por muitos organismos diferentes para regular a atividade dos genes) para caracterização e validação de ligantes de ácidos nucleicos específicos e alvos biológicos (outras moléculas de DNA e RNA, proteínas, células) associadas às mais diversas doenças. 

Conforme a professora dentro dessas linhas de trabalho, estudantes de graduação e pós-graduação trabalham na pesquisa. "As alunas do curso de Ciências Biológicas, Írlei Souza Santos e Janaina Gomes Siqueira, estão trabalhando com câncer de próstata, incluindo polimorfismos (mutações) na sequência de DNA do gene PCA3, e Elismar de Jesus Nunes Cnossen, discente do Programa de Mestrado em Química/CAC está trabalhando com aptâmeros de RNA ligantes às sequências regulatórias do vírus da dengue, a fim de caracterizar moléculas com potencial diagnóstico e terapêutico" conclui.

 

Fonte: Ascom - CAC/UFG