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Regional poderá abrigar centro de excelência em pesquisa e tecnologia mineral

Por Fábio Gaio. Em 03/10/16 21:15. Atualizada em 04/10/16 18:09.
A partir da doação de equipamentos pertencentes a antiga Metago, que eram  utilizados na atividade mineradora, proposta é tornar a instituição e a região um grande pólo voltado para a mineração

A Regional Catalão (RC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu nesta segunda-feira, 3, a visita de representantes dos governos estadual e federal, além de membros da reitoria da universidade, que discutiram com a equipe gestora e com professores da Faculdade de Engenharias, a possibilidade de doação e instalação de equipamentos utilizados na atividade mineradora que poderão ser usados pelo curso de Engenharia de Minas.

Os equipamentos pertencem a antiga estatal Metais de Goiás (Metago), que está em processo de liquidação pelo governo estadual. A proposta é que todo o maquinário, que se encontra em boas condições de uso, seja transportado de Goiânia para Catalão e instalado possivelmente no Campus II da RC/UFG em um galpão de cerca de mil metros quadrados, que deverá ser construído para essa finalidade. A previsão é que a unidade esteja em funcionamento no segundo semestre de 2017.

O reitor da UFG, Orlando Afonso Valle do Amaral, afirmou que a parceria com o estado para a doação dos equipamentos é bem-vinda e que o desejo da instituição é que tudo se concretize de forma rápida. Orlando aproveitou para elogiar a estrutura física da Regional, que foi incrementada recentemente com a construção e entrega do Prédio das Engenharias, que abriga diversos laboratórios. O vice-reitor e ex-diretor da Regional Catalão, Manoel Rodrigues Chaves, lembrou o histórico de criação do curso de Engenharia de Minas, que passou a ser ofertado durante sua gestão e considerou que o fato de Catalão possuir uma grande província mineral, aliada a presença da universidade e de empresas mineradoras, poderá fazer com que a cidade, a partir da doação dos equipamentos, passe a contar com um centro de excelência em pesquisa mineral. "Não existe nenhuma outra universidade com algo semelhante, nesses termos, desse porte", afirmou.

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Professor Henrique Diniz e professor Marco Paulo Guimarães mostram os novos laboratórios no Prédio das Engenharias

Para o secretário de geologia e mineração do Ministério de Minas e Energia, Vicente Lôbo, o fato do estado de Goiás possuir uma grande diversidade mineral e oferecer o único curso de Engenharia de Minas do estado na Regional Catalão, são fortes atrativos para a atividade mineradora e para o projeto. Vicente, que ficou impressionado com a estrutura da instituição, afirmou que o custo seria para o transporte dos equipamentos e para adaptação da planta e que, para isso, é importante a participação da iniciativa privada.

O secretário executivo do Fundo Mineral, órgão vinculado a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, Tasso Mendonça, afirmou que para o estado não há nenhum empecilho para doação do maquinário da extinta Metago para a Regional Catalão. Para ele a proposta de se criar um centro de mineração em Goiás é ambiciosa e factível e o encaminhamento prático da visita à Catalão é a viabilização da destinação dos equipamentos para a universidade. "Devemos editar uma portaria estadual com representantes do segmento que viabilizem essa questão e que de início ao processo o mais rápido possível", afirmou.

O diretor da Regional Catalão, Thiago Jabur Bittar, disse que a Regional é amplamente favorável e fará o esforço necessário para viabilização do projeto . Segundo Thiago em breve será agendada uma visita à Goiânia para conhecer de perto a realidade da planta e possivelmente iniciar as discussões para o custo e transporte dos equipamentos para Catalão.

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Comitiva conversa com alunos de graduação e do doutorado em Ciências dos Materias

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