COMPAD promove debate sobre cotas étnico-raciais

COMPAD promove debate sobre cotas étnico-raciais

Por Welliton Alves. Em 20/11/20 16:23. Atualizada em 20/11/20 17:14.
Neste 20 de novembro, Comissão de Heteroidentificação reuniu docentes convidados e acadêmicas da UFCAT para debater a política de cotas bem como acesso e permanência de estudantes pobres na universidade.

 

Neste dia da consciência negra foi realizada na UFCAT uma roda de conversa, promovida pela Compad por meio virtual. A atividade contou com a participação, como fomentadores do debate, do professor Alexandre Herbetta, do Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da UFG e das acadêmicas Ludimila Jardim do curso de ciências sociais e Carmelice Santos, do curso de pedagogia.

O público participante foi bem diverso, com docentes, estudantes, técnicos administrativos e pessoas da comunidade externa à universidade. O objetivo foi discutir políticas de cotas bem como acesso e permanência de estudantes pobres na universidade. O professor Alexandre reforçou a importância de programas como UFGInclui para a construção de uma universidade mais democrática e também a experiência com estudantes indígenas na perspectiva da interculturalidade crítica.

 

COMPAD promove debate sobre cotas étnico-raciais
Atividade fez parte do Novembro Preto, promovido pela COMPAD, neste mês da Consciência Negra

 

As estudantes trouxeram suas experiências acadêmicas bem como os desafios vivenciados na universidade. Carmelice, estudante quilombola, lembrou o choque cultural ao chegar na universidade e a dificuldade de adaptação à cultura acadêmica. Ludmila traçou um breve histórico das políticas estudantis, lembrou a relevância do PNAES para garantir a permanência de estudantes pobres na universidade e reforçou a importância de currículos e práticas mais inclusivos, enfatizando, por exemplo, a ausência de discussões sobre a questão racial nas licenciaturas, mesmo quase 20 anos depois da Lei 10.639/03.

Os participantes avaliaram como muito positivo o debate e promoveram um debate qualificado, do ponto de vista teórico e também a partir das suas experiências em relação à temática racial. Um dos comentários deixados no chat é que “Acho que as demandas apresentadas pelos palestrantes e participantes devem ser pautadas nas reuniões de NDE dos cursos”. Outra participante apontou que “partir da discussão aqui podemos ver que muitas são as dificuldades, mas também foram apontados caminhos que devemos discutir para se pensar em ações que contribuam para o acesso e permanência dos nossos estudantes na UFCAT.

 

Novembro Preto - Compad

Fonte: COMPAD - UFCAT

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