Grupo da Enfermagem na rádio Cultura

Docente e estudantes da Enfermagem abordam a Tuberculose em programa de rádio

Por Welliton Alves. Em 31/10/19 17:16.
Somando ensino e pesquisa, docente e estudantes mostram que a universidade transcende os muros do meio acadêmico. “Sintonize” essas informações aqui!

Texto: Ana Carolina Scarpel Moncaio

Fotos: Ana Flávia Dias e Lucas Lima dos Santos

 

No último dia 23 de outubro, a Professora Ana Carolina Scarpel Moncaio e os acadêmicos de Enfermagem Ana Flávia Dias e Lucas Lima dos Santos participaram do programa Radar 101, da Rádio Cultura FM, no espaço destinado ao projeto "UFCAT na Cultura". Recebidos pelos radialistas Rafael Furquim e Assis Humberto, o grupo realizou uma conversa esclarecedora e atual sobre a Tuberculose, doença infecciosa que ainda acomete a população catalana em pleno século XXI.

Na ocasião, abordou-se também os principais sintomas da doença: tosse persistente seca ou produtiva (com secreção), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. A acadêmica Ana Flávia Dias enfatizou que, embora curável, a Tuberculose ainda é estigmatizada por estar associada à fome e à pobreza e, à uma doença que envergonha os acometidos, fatores que dificultam a adesão e a continuidade do tratamento. A doença é transmitida pela via aérea de uma pessoa com Tuberculose pulmonar ou laríngea, que por meio da tosse, fala ou espirro elimina os bacilos no ambiente, ou seja, pela inalação por via respiratória. Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos não têm papel na transmissão da doença.

 

Grupo da Enfermagem na rádio Cultura
Ana Flávia Dias, acadêmica do curso de Enfermagem, falou sobre a cura da tuberculose

 

O controle da Tuberculose, por meio de várias pactuações, integra as ações de vigilância, controle e prevenção e tem a descentralização das ações para a Atenção Primária à Saúde como uma estratégia para o controle da doença. Os alunos e a professora reforçaram que a Atenção Primária à Saúde é caracterizada como a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde, pois se utiliza de tecnologias de saúde capazes de resolver os problemas de maior frequência no território de abrangência. À enfermagem, mais especificamente ao enfermeiro, compete a organização do processo de trabalho nas atividades de controle da doença, incluindo o Tratamento Diretamente Observado.

Dessa forma, observa-se o quanto a enfermagem é relevante no controle da Tuberculose, pois os enfermeiros atuam na programação, pactuação dos indicadores e nas respectivas metas da doença nos planos municipais e estaduais de saúde. O monitoramento e a avaliação constante permitem aos profissionais de enfermagem melhor organização do processo de trabalho, com foco na melhoria na qualidade da assistência prestada à população.

Cabe destacar o parecer de número 180 de 2018 do Conselho Federal de Enfermagem, onde o mesmo detalha que o enfermeiro tem competência técnica e legal para realizar “a consulta de enfermagem, solicitar exames, iniciar o tratamento e prescrever medicações do esquema básico de Tuberculose, realizar encaminhamentos, agendamentos e eventos que necessitem de sua supervisão ou orientação, observando os limites legais, técnicos e éticos da profissão”.

Atualmente, os profissionais de saúde do Brasil devem se empenhar no cumprimento da “Estratégia pelo Fim da Tuberculose”, cujas metas para cumprimento até o ano de 2035, são: reduzir o coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e reduzir o número de óbitos por Tuberculose em 95%. Além das metas estabelecidas, foram identificados três pilares norteadores para o alcance das mesmas: Pilar 1. Prevenção e Cuidado Integrado e Centrado no Paciente; Pilar 2. Políticas Arrojadas e Sistemas de Apoio; e, Pilar 3. Intensificação da Pesquisa e Inovação.

No que concerne à pesquisa, o acadêmico Lucas Lima dos Santos apresentou no I Congresso Internacional de Atenção à Saúde na Perspectiva do Cuidado e no X Fórum Mineiro de Enfermagem, os resultados do seu trabalho, que elucidaram a importância das ações gerenciais na disseminação das informações sobre a doença, qualificação profissional da equipe, reorganização dos serviços de saúde,  planejamento e avaliação das intervenções, busca ativa dos casos sintomáticos respiratórios, educação permanente em saúde, desenvolvimento de ações educativas junto ao usuário, além de vínculo e acolhimento da comunidade de abrangência da Atenção Primária à Saúde.

 

Grupo da Enfermagem na rádio Cultura
O acadêmico Lucas Lima abordou os resultados de sua pesquisa sobre a tuberculose

 

Essa atividade ainda é um desdobramento do 1º Seminário de Hanseníase e Tuberculose: integração ensino – serviço realizado no dia 19 de setembro de 2019, no Auditório Lívia Abraão – Bloco Didático II, da UFG/RC, realizado pelas disciplinas de Processo de Cuidar do Adulto e Idoso I e Saúde Coletiva II, do curso de Enfermagem do Instituto de Biotecnologia da Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão – UFCAT em implantação, na figura das Professoras Ivânia Vera, Nunila Ferreira e Anna Paula Mendonça.          

Os radialistas contribuíram imensamente com a troca de saberes entre a população catalana e a universidade por meio das perguntas realizadas. Nossos agradecimentos ao Rafael Furquim e Assis Humberto, bem como toda a equipe da Rádio Cultura FM.

 

Grupo da Enfermagem na rádio Cultura
Da esquerda para a direita: os acadêmicos do curso de Enfermagem, Ana Flávia Dias e Lucas Lima dos Santos, a docente do mesmo curso, Ana Carolina Scarpel Moncaio e o repórter da Rádio Cultura Rafael Forquim

 

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico, Brasília, v.50, p.1-18, 2019. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/22/2019-009.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. 2019. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2019.

 

Fonte: Curso de Enfermagem - Ibiotec/RC/UFG

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